
Normalmente só utilizo este blog para falar de coisas boas, para postar fotos, para falar de viagens, livros, teatro e cinema, e nada de política nem de energias negativas. Mas tal foi o choque que tive ontem à noite ao ver umas imagens na televisao, que nao pude nao vir cá hoje falar do sucedido.
A pena é que, devido ao grande efeito mediático que teve a notícia, na internet nao consigo encontrar nenhuma imagem que ilustre o tao citado momento, e lá me vou ter que servir das minhas palvras, escolhidas minuciosamente para a ocasiao.
Começo por apresentar o personagem principal de toda esta trama: José María Aznar, ex-presidente do Governo Espanhol, que desde que saiu do Governo, há coisa de 6 anos, dedica-se a dar conferências pelas diferentes e mais célebres Universidades do Mundo, onde com o seu péssimo inglês explica a todos os seus ouvintes que Espanha é uma país unitário, onde há que manter a unidade e onde pessoas diferentes, com idiomas diferentes, nao têm direito a ocupar qualquer lugar. Todos sabem a minha opiniao política em relaçao a este senhor, que acho, foi UM DOS PIORES PRESIDENTES, claro está em conjunto com Blair e Bush, os três mosqueteiros salvdores da Paz Mundial, uma espécie de cruzados dos dias de hoje, com muita força mas sem muito cérebro.
Mas ainda que a minha opiniao seja esta, todos têm direito, e ainda mais um ex-presidente de um país como o é Espanha, a dar conferências en universidades o onde quer que seja, sem ser insultado. Mas ninguém, nem mesmo um ex-presidente do Governo Espanhol, um desses países que opta a estar num futuro G15,tem direito a responder a eses mesmos insultos da forma como o fez José María Aznar, na Universidad de Oviedo.
E passo entao a explicar...
Ante a exibiçao, por parte de alguns estudantes, de pancartas com as expressoes «criminal de guerra» (pela sua participaçao na guerra do Iraque, ainda que contra a vontade da maioria dos espanhóis), «asesino» ou «fascista», o Sr. Aznar nao teve outra reacçao que a de mostrar o seu dedo médio num gesto de má educaçao e de falta de profissionalidade inequívoca. Além disso, e nao bastando só com o gesto, que vale por si só, ainda acrescentou «algunos parecen empeñados en demostrar que no pueden vivir sin mí», frase que por si só já pode avaliar o nivel de soberbia e de autosatisfacçao deste senhor.
E é assim que os políticos de hoje, políticos como este, querem governar um país?
Talvez muita titulitis, muitos apertos de mao em congressos, muitas conferências, mas e o indispensável, a educaçao? A base de todo ser humano, onde está? E os conceitos e regras morais onde foram parar? E isso que até é um senhor de direita/extrema direita, cujos discursos têm como base essa mesma educaçao e o saber transmitir valores! Que valores? Estes decerto que nao!