









Tantas emoçoes, tanta coisa por dizer de estes 14 dias de ferias, que se nao fosse o "diario de bordo" que eu e o Enric fomos escrevendo (um pouco surrealista, é verdade!) ao longo da viagem, agora mesmo nao saberia o que dizer nem o que escrever.Começamos por Oslo, cidade pequena e fria, muito fria. Sensaçao de que todos os loucos estao encerrados nesta cidade nordica, sem possibilidade de sair, visto o número de gente um pouco fora do normal. Cidade sorpreendentemente silenciosa, onde com poucos passos chegas a qualquer ponto da cidade. Muitos lapoes de Lapónia e muitos loiros/loiras quase brancos. Cidade fria, muito fria, extremamente fria. Chuva, em pleno mes de agosto. A noite nao é noite até altas horas, o que faz desorientar-nos um pouco. Comboios ideais para viajar, confortáveis e que te transportam até ao sítio mais recondito do polo norte. Falam um ingles perfeito e em todos os sitios podemos ler em noruego e em ingles - como se fosse a sua 2ª lingua, mas até o é, visto terem adoptado o ingles depois de que os USA os salvassem da ameaça Hitleriana que reinou durante os anos 30 e 40, neste país. Homens muito feios. Saio de Noruega com a sensaçao de que nao ha Homens bonitos que, como mínimo, possam alegrar a vista ao turista ja farto de chuva. Nacionalistas, por todas as partes vejo bandeiras ondeando (este mau (ou será bom??) habito foi adoptado dos USA).Depois de 2 dias vem Bergen e os seus maravilhoso fiordos. Sem palavras. Nao vi, até hoje, paisagens tao espectaculares e tao indescritiveis. Agua e mais agua e terra e mais terra que acaba sem pedir licença a ninguem. Vemos neve em pleno agosto. Faz mais frio que em Oslo mas também estamos mais ao norte e ao pé do mais grande fiordo do mundo. Seguimos com os comboios confortáveis e com a estufa ligada, porque senao seria quase impossivel seguir viagem. A chegada a Bergen é feita da melhor maneira possivel. Cidade de pescadores e onde, segundo o que diz a guia e acabamos por confirmar, as pessoas sao muito mais acolhedoras. Todos sao bem-vindos a esta cidade perdida no frio Mar do Norte. Comemos baleia (disculpem amigos da greenpeace mas tinha que prová-la), salmao e reno. Aqui é tradiçao. Fico com o salmao, tem um gosto muito mais suave e nao é um pobre mamífero...Viajamos um pouco mais para norte e em Bodo descubrimos que o sol quase nao se poe. Nao chegamos até ao polo norte mas estamos na fronteira do circulo polar ártico e nao há quase niguem, a nao ser uns quantos turistas que como nós, se atreveram a entrar neste mundo mágico. É tudo muito diferente. Seguimos vendo muitos lapoes, ou como dizem por aqui, muitos samis. Sao os únicos que resistem ao frio e a este clima que eu nao suportaria durante muito tempo.Viagem até Estocolmo e voltamos à civilizaçao. Cidade grande, muito grande, comparada com as que fomos descubrindo até agora. Uma grande capital europeia, em todos os sentidos. Em Suécia, e este é um recado para os amigos trotamundos, os comboios sao horriveis (até acho que em Portugal estao um pouco melhores), impossiveis de dormir, mas a cidade de Estocolmo compensa a má viagem pois é ideal para perder-se. Por primeira vez nas nossa viagens apanhamos um desses autocarros turísticos que te levam a todos os pontos de interesse turístico. Bom, nao está mal. Ilhas e ilhas, Estocolmo é so ilhas e nunca sabemos orientar-nos sem o mapa. País mais barato que Noruega (Noruega é caríssima: uma coca-cola pequena no supermercado custa 4 euros!!!!!!), o que se agradece. O melhor de Estocolmo la Gamla Stan, o cidade antiga, toda ela medieval e com um carácter próprio.Decidimos deixar Estocolmo e perder-nos pelas ilhas do Báltico - també elas suecas - entre as Repúblicas Bálticas e a Costa Sueca: Gotland e Oland. Um pouco mais de calor e pela primeira vez em 10 dias vemos sol e Odin (rei da mitologia escandinavia) recompensa-nos com um dia caluroso em Visby, Gotland. Ilhas de praia e onde os suecos disfrutam das férias de verao. Com sorte vimos um festival medieval que pela sua localizaçao é perfeito mas o de Castro Marim sempre será o rei!Kalmar e Lund: Depois de 2 dias de descanço nas ilhas, decidimos voltar às viagens complicadas. Voltamos à Península. Kalmar e Lund, duas cidades antigas e medievais. A primeira conhecida pelo seu enorme castelo e a segunda por ser a cidade que alberga uma das melhores universidades europeias. Ambiente muito pouco turístico e muito estudantil.E finalmente Copenhaga, Dinamarca. E já sentimos como se aproxima o final da nossa viagem. 2 dias em Copenhaga é o ideal! Muitas coisas para ver e até agora é a cidade mais acolhedora e mais turítica. Aqui já ouvimos falar portugues, castelhano, catalao... Já estamos na Europa. Voltámos!! Pontos para destacar em Copenhaga: a pequena sereia (realmente pequena e triste pois com ar de melancolia espera poder voltar ao mar algum dia), o castelo de Rosemborg, o bairro de Cristiania (bairro okupa e hiper, mega multicultural!!), os inmensos parques e jardins e as pequenas ilhas selvagens e onde o atrevido visitante está a ponto de perder-se e também de encontrar-se. Uma grande cidade!!Sem dúvida, se agora que voltei e vendo as 1000 fotos (sim, porque é tudo tao belo que merece fotos e fotos!!) pudesse escolher uma cidade, nao poderia pois entre Bergen e Copenhaga é dificil escolher, mas sem dúvida estas seriam as minhas opçoes. Se um dia voltarei? Certamente e quero voltar mais mais ao norte, cruzar o polo norte (um bocadito mais abrigada de roupa) e ver as diferenças (se é que existem!) entre os tres paises que o ocupam. E ainda faltarao Islandia e Finlandia para uma próxima viagem!!!